Esse aqui é um devaneio cogumeloso do meu cérebro viajante.
Espero que gostem. Amo vocês.
SERZINHO
Fico aqui calada mas a mente só conversa.
Diz mil coisas que eu não sabia que sabia.
Incrivel o quanto eu aprendo com esse serzinho na minha cabeça !
Me pergunto assustada até onde fui que eu vi sem ver.
Assim, disparam discussões sobre tudo e todos.
Eu já estou começando a entender quem esse serzinho é...
Está lá preso mas as vezes juro que sinto seu desespero pra sair.
Só pode ser o caso, já que tanto me assombra e as vezes faz doer !
Vai ver é falta de espaço e outras vezes discordância, e como pode assim,
nós dois, sobrevivermos ?
Mas rapidinho voltamos a ser um, já que confio em você apesar de saber que é você quem me direciona a quem devo confiar ou não… ou não. Já que as vezes também duvido de você.
Mas será insegurança sua de duvidar de si ? Se você for eu ou não, isso expõe a minha evidente insegurança, uma vez que seria eu duvidando de mim mesma ou duvidando de você sem ter certeza de estar contra porque se tivesse a certeza eu não duvidaria de nada. Eu saberia.
Mas, é ai que está.
Ao mesmo tempo vou falando um pouco da minha loucura pra você, alguém, que poderia estar lendo meu texto conforme planejado.
Planejado ? Vejamos : fiquei falando sobre meus pensamentos comigo mesma.
Logo depois transitei para uma nova conversinha entre eu e meu serzinho na cabeça.
Por fim, voltei pra você, leitor. Vale lembrar que desde o começo, era eu, essencialmente eu, falando sem parar.
Eu e ele. Eu ou ele ? Serzinho me direcionou e eu nem vi ?
A ideia é tentar me segurar pra observar tudo melhor, ver o que não vi e foi visto por você , serzinho, que tanto quer vir me dar sermão depois.
Pra isso, estou começando a me perguntar quem você, que está na minha cabeça, seria. Vou digerindo algumas opções.
Antes, eu me pergunto o que você, leitor, pensa que seria.
Talvez seja esse o suspense que o prendeu até aqui, né? saber o que eu penso saber que é.
Pra nao te frustrar, leitor, te passo minha perspectiva.
Pelo meu ponto de vista somos a soma de várias partes.
Não necessariamente o que torna o ser humano visivelmente humano é ter todos os membros que o corpo humano possui.
Veja bem, é possível identificar e classificar um ser humano mesmo que esteja sem suas pernas ou braços.
Esses serzinhos de dentro da gente existem na cabeça, fazem parte de nós.
Mas sabe, descobri que nem todo mundo tem.
Tem gente que nasce sem esse serzinho.
Tem gente que deixa o serzinho morrer e morre também. ou vive sem.
Talvez manter-se consciente dessa parte de nós que nos ajuda a nos conectar com esse serzinho lindo que a gente tem dentro da gente...
A consciência, tão intuitiva, da alma.
Dani Lino.
